“É inoportuno e inadequado buscar uma reforma tributária às vésperas de uma eleição”, afirmou o líder do MDB, maior bancada do Senado, Eduardo Braga (AM).
Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado
O Senado deve enterrar a reforma tributária para evitar perdas em ano eleitoral, de acordo com líderes da Casa. O movimento ficou mais explícito ontem, quando senadores deixaram de registrar presença na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e impediram a votação no colegiado.
A proposta foi adotada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como bandeira da gestão na tentativa de atrair apoio para a reeleição na presidência do Senado, em fevereiro de 2023.
Pacheco ainda alimenta expectativas de aprovação neste ano, mas, nos bastidores, admite não ter votos hoje para aprovar a medida na Casa. Parlamentares dizem que, mesmo se o texto passar no Senado, não há chances de votação na Câmara.
“É inoportuno e inadequado buscar uma reforma tributária às vésperas de uma eleição. Boa parte dessa reforma é submetida a uma lei complementar que sequer será feita no mandato neste momento. Acho que esta é uma reforma que deveria ser analisada com profundidade e legitimidade pelos futuros governantes que serão eleitos neste ano”, afirmou o líder do MDB, maior bancada do Senado, Eduardo Braga (AM).
O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), informou que não havia quórum suficiente para a deliberação no órgão, a primeira etapa de um longo caminho da reforma no Congresso, que inclui a aprovação em dois turnos por três quintos dos senadores e deputados.
O Estado de S.Paulo